Por onde começar?
Mais do que prontos pra ver a nossa Lauren
A cesárea apesar de ser uma cirugia, foi super tranquila. A agulhada da anestesia que me gerava uma certa tensão foi totalmente indolor. O mais chatinho mesmo foi o cateter na bexiga (ô coisa ardida! Deviam colocar só depois de dar anestesia 😛 #ficadica hahah). De qualquer forma, entrei na sala de parto tremendo. Uma mistura de muitas emoções com um pouco de frio e… MEDO! Durante o parto eu só senti uns apertões aqui e ali, tipo uma pressão no abdomem. Mas foi tudo tão rápido! Quando eu vi, o Juan estava entrando na sala e logo escutamos um choro rouco e desesperado. E então o Dr me mostrou ela por cima da cortininha… (ohhhhhh…me acabei chorando). Papai pôde registrar e acompanhar tudo.
O que, da minha ótica pareceu super rápido, para o Juan, que estava esparando do lado de fora foi uma eternidade. Ele disse que já tinha entrado tanta gente na sala de cirurgia e nada de ele poder entrar que ele estava ficando nervoso. Foi quando ele ouviu um choro de bebê e pensou: “Ihhh, me esqueceram” haha, tadinho! Não, não era a Lauren chorando. Como já falei, ele estava do meu lado fotografando e esperando ansioso para cortar o cordão umbilical.
Assim que eles limparam, pesaram, mediram e fizeram os testes necessários nela, colocaram ela no meu peito para amamentar. Sem muito sucesso pois nós duas estávamos caindo de sono. Mas demos um cheirinho uma na outra por uns 10 min, para então levarem ela pro berçário.
O papai não saiu do lado dela nenhum minuto, lá ela tomou um banho, tomou uma injeção de vitamina K e depois ficou num berço aquecido. Isso tudo levou cerca de duas horas e meia que foi meia hora pra eles fazerem os pontos na minha barriga seguidos de duas horas na sala de recuperação. Logo depois do parto eu senti um sono absurdo e meu rosto coçava demais, tudo super normal, segundo as enfermeiras. Quando o efeito da anestesia começou a passar, cerca de uma hora depois de ir pra recuperação, apesar de cansada eu passei a hora mais longa da minha vida, haha. Queria porque queria ir pro quarto ver minha bonequinha e tentava lutar contra o sono. Tansa! Perdi a chance de aproveitar as últimas horas de sono “tranquilo”…tsc tsc…
Assim que fui pro quarto, lá estavam a agora vovó, Ana ( minha mãe), tia Leila (uma grande amiga) e logo veio o papai e a Lauren. Como durante a noite só poderia ficar uma pessoa comigo no quarto a vovó foi pra casa e ficamos Lauren, papai e eu na nossa primeira noite juntos. Conturbada, tensa e intensa. Ao contrário do que imaginávamos, as enfermeiras não vêm trocar a fralda ou te avisar quando é hora de amamentar… é… no nosso conto de fadas seríamos pelo menos lembrados e/ou ajudados, no mínimo nessa primeira noite. Mas não! E foi assim que o papai trocou a sua primeira fralda (de um cocozão preto). Jamais vou esquecer a cena, “o que eu faço agora?” disse ele, e eu: “não sei direito mas limpa ela da frente pra tras!” . Na hora de amamentar, foi outro “parto”, tive acesso a tanta teoria e na hora da prática parece que nada se encaixava. Não preciso dizer que não dormimos nada nessa primeira noite e que acabei ficando com os peitos bem machucados por causa da “pega” errada.
Fraldas inesquecíveis
Assim que o dia amanheceu, eu estava uma pilha de nervos, cansada, apavorada com a nova rotina e frustrada por não estar sabendo amamentar direito. Mas naquele mesmo dia, veio a enfermeira que me deu o curso de amamentação e me deu dicas, tirou dúvidas e ajudou na “pega” e apesar de saber que por uns dias ainda sería doído, eu ja podia ver a luz, as coisas iriam melhorar e melhoraram!
Logo depois uma enfermeira veio tirar o cateter e me disse que dentro de duas horas eu deveria levantar da cama para esvaziar a bexiga e começar a caminhar aos poucos. Essas duas horas passaram voando e logo a enfermeira estava de volta querendo que eu levantasse. Quando coloquei o pé no chão, chorei feito criança mesmo, era uma dor insuportável! Mas pra encurtar a história, pedi mais remédios pra dor e aos poucos, com a insistência e apoio do marido e da mãe, mesmo ainda com dor, comecei a caminhar e a beber mais água e tudo foi voltando ao normal.Com uma semana pós-parto eu ja estava super bem. Com duas semanas já fui pro médico dirigindo. E a cicatriz ja está bonita, na medida do possível.
Na segunda noite fomos mais espertos e usamos do famoso jeitinho brasileiro. “Escondemos” a vovó no quarto durante a noite e assim nos revesamos para que pudessemos descançar um pouco. Na terceira noite repetimos a façanha e na quarta noite, já estávamos em nosso Lar Doce Lar!
Prontas para ir pra casa!
E mesmo longe, nossa família encontra um jeito de se fazer presente! Que homenagem linda vovô Basso, vovó Cília, Tia Sche, primo Heitor e Dindo Ismael!
Agradeço a Deus por ter vocês, mesmo morando longe estão sempre presentes em nossas vidas.